quinta-feira, 29 de novembro de 2007
A DANÇA DO VENTRE E A SAÚDE DA MULHER
Por:Leonel Martins
Surgida da cultura oriental e considerada umas das mais antigas do mundo, a dança do ventre tem um papel importante na saúde da mulher. Ajuda a regular os hormônios do aparelho reprodutor e a fortalecer o períneo, promove a irrigação sangüínea no útero, é benéfica para o parto, podendo aumentar também a fertilidade. Além disso, regulariza o intestino, previne os problemas abdominais, alivia as cólicas e aumenta a auto-estima. Quem afirma é a professora Elka Rodrigues, da academia Estúdio de Dança Paulo Araújo, em Ipanema, há vinte anos dançando e ensinando a dança do ventre.
A dança interessa a todas as gerações. “Tenho alunas dos quatorze aos setenta anos, só que as mais velhas, normalmente, vêm por recomendação médica, por causa da artrose, flacidez do períneo (músculos que seguram os órgãos internos da mulher), por causa do parto, e os médicos indicam para fortalecer essa região pélvica da mulher”, explica Elka Rodrigues.
Sensualidade
Segundo ela, as mulheres mais novas vêm com idéia de sedução, mas quando conhecem a dança, descobrem que não se trata só de algo sensual. Foi o que aconteceu com a promotora de eventos Rita Agra, aluna da academia há três anos “Entrei para esta dança por causa da parte sensual, de que eu sempre gostei muito. Quando eu assistia a filmes de dança, ficava me imaginando ali. Eu não tive incentivo de ninguém para aprender a dançar”, conta Rita, que gosta também da música árabe. “Desde que comecei a praticar a dança, senti uma melhora na parte corporal e emocional, e nunca tive mais dificuldades em relação à saúde. A dança me ajudou no alongamento, postura e até mesmo nas dores de coluna, cólicas e no ciclo menstrual, que ficou bem regulado”.
Elka explica que os movimentos da dança trabalham o equilíbrio hormonal também no caso das mulheres que têm menopausa precoce e voltam a menstruar em menos de um ano. Além disso, é uma dança que queima bastante calorias. Em uma aula bem forte, pode-se queimar de 700 a 800 calorias. “Falo tudo isso baseada em pesquisas médicas, fisoterapêuticas, e de professores de educação física”, afirma Elka.
Novela O clone
A professora lembra que a dança do ventre ficou em destaque no Brasil com a telenovela O clone, da Rede Globo, da qual participou como responsável pelos atores que praticavam a dança. “Depois da novela, vi que as pessoas começaram a associar a dança mais a aspectos culturais. E aquelas que sabem já não têm vergonha de mostrar, pois até os médicos recomendam”, observa.
Acessórios
Em relação aos acessórios, para fazer a dança do ventre, a princípio, não é necessário nada a não ser o véu, mais, com o tempo, as bailarinas vão adquirido espadas, bastões de dança, os nunjes (pratinhos que fazem o barulho da música), taças nas quais são colocadas velas acesas e outros ornamentos que variam, dependendo da região onde a dança se realiza – são cerca de vinte países de língua e influência árabes e cada país tem um jeito de dançar.
Também em relação à música, cada país árabe tem seu ritmo. No Irã e no Iraque, dança-se o ralije. No Egito, o said, enquanto no Marrocos tem as danças berbes.
História e Origem
A dança do ventre desenvolveu-se entre os primeiros povos a habitarem a Ásia menor, inicialmente como dança religiosa, sob o matriarcado como forma de representação e adoração à deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra, e, posteriormente, como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres.Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir, por meio de movimentos variados, os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), animais sagrados como a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra), cataclismos como terremotos, maremotos além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida. Dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que, ao serem chacoalhadas, emitiam um determinado som para cada movimento. Desde então, o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só ele tem a capacidade de materializar a música árabe.
Ao longo do tempo, pelo processo de mistura entre culturas, causado pelas constantes guerras, invasões ou simplesmente pelas visitas freqüentes de povos nômades, a arte da dança oriental foi divulgada e assimilada por todo o oriente antigo.
http://elcarodrigues.multiply.com/journal/item/1
site da academia :www.estudiopauloaraujo.com.Br
Endereço:Rua Teixeira de Melo, 87-3°Piso
Fone:2525-8473/3217-1011
A DANÇA QUE MUDA A VIDA - SOLIDARIEDADE LEVA A DANÇA PARA A COMUNIDADE
A criminalidade, as drogas e a violência presentes nas favelas, hoje são amenizadas pela arte solidária. É o que vem provando o Studio de dança ValorArte, que faz um trabalho voluntário com diversas crianças no morro Pavão Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.
O Studio ValorArte é dirigido por Fabiana Valor (atriz, bailarina e jurada do Prêmio Shell de Teatro), uma veterana da dança, que atua no mercado há 23 anos, e há muito tempo já cogitava a hipótese de participar de um trabalho voluntário. Está há 2 anos trabalhando no Solar, e seu Studio está presente há 2 meses no projeto.
A DANÇA MUDA A VIDA
O Studio ValorArte oferece aulas de balé e sapateado, com duas turmas de 15 alunos cada. Todas as aulas são realizadas no próprio morro Pavão Pavãozinho, e a violência já mostrou sua face em alguns momentos durante as aulas:
- Começou um tiroteio muito forte pouco antes o início da aula. A professora colocou todos os alunos para dentro da sala. Muitos choravam, estavam com medo, alguns desesperados. A idéia dela foi dar aula normalmente, e deixou livres aqueles que estivessem muito nervosos a não fazerem aula. E eles fizeram, todos. Parecia cena de cinema: barulho de tiros e helicóptero sobrevoando do lado de fora, e dentro as crianças dançando lindamente, ao som de música clássica. Foi algo marcante e que, com certeza, ajudou aquelas crianças naquele momento tão ruim. – conta Fabiana
As crianças vêem na dança uma forma de fugir da realidade em que vivem, uma maneira de sonhar que podem viver uma vida diferente. E Fabiana provou que podem:
- Infelizmente a realidade deles é aquela, de violência, mas a gente está tentando tira-los de lá, afastá-los daquele mundo tão cruel. Uma menina que freqüenta as aulas de dança lá no morro, agora também freqüenta as aulas aqui no Studio. Nós percebemos o potencial dela, o talento, e as grandes chances de crescimento que ela tem na dança, e decidimos investir, oferecendo uma bolsa para ela aqui no Studio.
Fabiana destaca a diferença entre os alunos que pagam pelas aulas no Studio, e os alunos do projeto Solar Meninos de Luz “aqui as crianças vem porque a mãe quer muito, às vezes é mais uma realização da mãe do que da criança. Lá no morro é diferente, as crianças amam muito estar ali, amam a oportunidade que está sendo oferecida. Eles possuem uma garra, uma dedicação, fora do comum”.
A dança vem transformando a vida dessas crianças do morro Pavão Pavãozinho, revelando uma vida de sonhos possíveis, e sem violência. Mas não é só a vida dessas crianças que muda “toda vez que eu vou lá eu me emociono, parece que é um ganho, uma vitória a cada dia”.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SOLAR MENINOS DE LUZ
O projeto nasceu a partir de uma desgraça, ocorrida em em 1983, com a queda de uma caixa d’água sobre barracos do morro.
Dirigentes do Lar Paulo de Tarso (Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social) subiram o morro para auxiliar as vítimas e os desabrigados. Muitos voluntários começaram a aparecer no morro, querendo ajudar, prestar serviços, e até recreação para as crianças. Aos poucos, o trabalho foi crescendo e o número de pessoas atendidas também.
Várias estruturas foram criadas como ambulatório, creche, salas de aula e muitas outras atividades, todas gratuitas, para a comunidade do morro.
O Solar Meninos de Luz começou atendendo 35 crianças, e hoje ajuda mais de 400, além de possuir cerca de 100 empregados e 60 voluntários. O projeto já atendeu cerca 3 mil pessoas.
O Studio ValorArte é dirigido por Fabiana Valor (atriz, bailarina e jurada do Prêmio Shell de Teatro), uma veterana da dança, que atua no mercado há 23 anos, e há muito tempo já cogitava a hipótese de participar de um trabalho voluntário. Está há 2 anos trabalhando no Solar, e seu Studio está presente há 2 meses no projeto.
A DANÇA MUDA A VIDA
O Studio ValorArte oferece aulas de balé e sapateado, com duas turmas de 15 alunos cada. Todas as aulas são realizadas no próprio morro Pavão Pavãozinho, e a violência já mostrou sua face em alguns momentos durante as aulas:
- Começou um tiroteio muito forte pouco antes o início da aula. A professora colocou todos os alunos para dentro da sala. Muitos choravam, estavam com medo, alguns desesperados. A idéia dela foi dar aula normalmente, e deixou livres aqueles que estivessem muito nervosos a não fazerem aula. E eles fizeram, todos. Parecia cena de cinema: barulho de tiros e helicóptero sobrevoando do lado de fora, e dentro as crianças dançando lindamente, ao som de música clássica. Foi algo marcante e que, com certeza, ajudou aquelas crianças naquele momento tão ruim. – conta Fabiana
As crianças vêem na dança uma forma de fugir da realidade em que vivem, uma maneira de sonhar que podem viver uma vida diferente. E Fabiana provou que podem:
- Infelizmente a realidade deles é aquela, de violência, mas a gente está tentando tira-los de lá, afastá-los daquele mundo tão cruel. Uma menina que freqüenta as aulas de dança lá no morro, agora também freqüenta as aulas aqui no Studio. Nós percebemos o potencial dela, o talento, e as grandes chances de crescimento que ela tem na dança, e decidimos investir, oferecendo uma bolsa para ela aqui no Studio.
Fabiana destaca a diferença entre os alunos que pagam pelas aulas no Studio, e os alunos do projeto Solar Meninos de Luz “aqui as crianças vem porque a mãe quer muito, às vezes é mais uma realização da mãe do que da criança. Lá no morro é diferente, as crianças amam muito estar ali, amam a oportunidade que está sendo oferecida. Eles possuem uma garra, uma dedicação, fora do comum”.
A dança vem transformando a vida dessas crianças do morro Pavão Pavãozinho, revelando uma vida de sonhos possíveis, e sem violência. Mas não é só a vida dessas crianças que muda “toda vez que eu vou lá eu me emociono, parece que é um ganho, uma vitória a cada dia”.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SOLAR MENINOS DE LUZ
O projeto nasceu a partir de uma desgraça, ocorrida em em 1983, com a queda de uma caixa d’água sobre barracos do morro.
Dirigentes do Lar Paulo de Tarso (Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social) subiram o morro para auxiliar as vítimas e os desabrigados. Muitos voluntários começaram a aparecer no morro, querendo ajudar, prestar serviços, e até recreação para as crianças. Aos poucos, o trabalho foi crescendo e o número de pessoas atendidas também.
Várias estruturas foram criadas como ambulatório, creche, salas de aula e muitas outras atividades, todas gratuitas, para a comunidade do morro.
O Solar Meninos de Luz começou atendendo 35 crianças, e hoje ajuda mais de 400, além de possuir cerca de 100 empregados e 60 voluntários. O projeto já atendeu cerca 3 mil pessoas.
TAÍNA MONTEIRO
Companhia de Dança da Cidade empolga platéia do Teatro Municipal
Remontagem da coreografia "45 Movimentos", de Graciela Figueroa
Um Teatro Municipal lotado aplaudiu os bailarinos da Companhia de Dança da Cidade, que se apresentaram no Festival Panorama de Dança 2007. Sete peças que marcaram a história da coreografia brasileira foram interpretadas por 14 bailarinos da UniverCidade durante o festival internacional, que em sua 16a. edição, promoveu espetáculos nos mais importantes palcos do Rio de Janeiro.“É uma grande experiência para a Companhia apresentar o programa “Danças de Repertório” para um público tão diversificado”, comemorou Roberto Pereira, diretor artístico da Companhia de Dança da Cidade e coordenador do curso de Dança da UniverCidade.
Remontagem da coreografia "45 Movimentos", de Graciela Figueroa
Um Teatro Municipal lotado aplaudiu os bailarinos da Companhia de Dança da Cidade, que se apresentaram no Festival Panorama de Dança 2007. Sete peças que marcaram a história da coreografia brasileira foram interpretadas por 14 bailarinos da UniverCidade durante o festival internacional, que em sua 16a. edição, promoveu espetáculos nos mais importantes palcos do Rio de Janeiro.“É uma grande experiência para a Companhia apresentar o programa “Danças de Repertório” para um público tão diversificado”, comemorou Roberto Pereira, diretor artístico da Companhia de Dança da Cidade e coordenador do curso de Dança da UniverCidade.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Festival Panorama de Dança 2007
Em sua 16ª edição, o Festival Panorama de Dança 2007 se realizará entre 31 de outubro e 14 de novembro. Dedicado às múltiplas tendências da dança, o festival vai reunir diferentes profissionais do setor: coreógrafos, bailarinos, videomakers, companhías, programadores, produtores, etc.
Panorama se apresenta num espaço privilegiado, que permite aos profissionais da dança o intercâmbio de experiências, o contato com futuros colaboradores, a apresentação de novas obras. O festival se confirma como um dos principais contextos para a dança na América Latina, apresentando cerca de 35 obras de renomados artistas nacionais e internacionais, assim como performances.
Em anexo, as obras já confirmadas. Em breve podem consultar a programação completa no site: www.panoramafestival.com
Informamos também os outros festivais que acontecem paralelos ao Festival Panorama:
11º Festival de Dança do Recife : 11 a 21 de outubrowww.recife.pe.gov.br
Bienal de Dança do Ceará : 21 a 31 de outubro em Fortaleza; de 26 a 31 outubro em Sobral www.bienaldedanca.com
FID Belo Horizonte : de 28 de outubro a 4 de novembro www.fid.com.br
Bienal de Santos : de 14 a 18 de novembrowww.sescsp.org.br/sesc/hotsites/bienal_danca/apresentacao.html
Para outras informações, entrar em contato com Melanie Fréguin no e-mail: melanie.freguin@panoramafestival.com
Isabel FerreiraCoordenadora de projetos / Project coordinator
Festival Panorama de Dança: www.panoramafestival.com
Panorama se apresenta num espaço privilegiado, que permite aos profissionais da dança o intercâmbio de experiências, o contato com futuros colaboradores, a apresentação de novas obras. O festival se confirma como um dos principais contextos para a dança na América Latina, apresentando cerca de 35 obras de renomados artistas nacionais e internacionais, assim como performances.
Em anexo, as obras já confirmadas. Em breve podem consultar a programação completa no site: www.panoramafestival.com
Informamos também os outros festivais que acontecem paralelos ao Festival Panorama:
11º Festival de Dança do Recife : 11 a 21 de outubrowww.recife.pe.gov.br
Bienal de Dança do Ceará : 21 a 31 de outubro em Fortaleza; de 26 a 31 outubro em Sobral www.bienaldedanca.com
FID Belo Horizonte : de 28 de outubro a 4 de novembro www.fid.com.br
Bienal de Santos : de 14 a 18 de novembrowww.sescsp.org.br/sesc/hotsites/bienal_danca/apresentacao.html
Para outras informações, entrar em contato com Melanie Fréguin no e-mail: melanie.freguin@panoramafestival.com
Isabel FerreiraCoordenadora de projetos / Project coordinator
Festival Panorama de Dança: www.panoramafestival.com
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