domingo, 28 de outubro de 2007

O HIP HOP INVADE AS ACADEMIAS


Moda americana cai nos gosto dos brasileiros
Por Taína Monteiro

Agora, perder calorias não é mais um sacrifício. As aulas inspiradas no hip hop, transformaram as cansativas horas de bicicleta ergométrica, no prazer da dança.
O hip hop foi criado nos Estados Unidos na década de 60. Um movimento cultural com espaço aberto para reinvidicações, protestos e divulgação da cultura das classes menos favorecidas, das ruas, dos guetos.
Já no Brasil, o hip hop surgiu na década de 80, em São Paulo. Artistas como Thaíde, Racionais Mc's, entre outros, ajudaram a difundir essa cultura.
Esse movimento é composto por quatro atividades: o canto do rap, a instrumentação do dj, a dança do break dance, e a pintura do grafite. E é do break que nós iremos falar!
As aulas de hip hop nas academias começaram a se expandir junto com a divulgação do ritmo no Brasil. Uma alternativa divertida que auxilia no emagrecimento, na melhora do condicionamento físico e da coordenação motora.
"- O hip hop é uma modalidade com pouca contra-indicação, em que o batimento cardíaco não eleva tanto, mas a queima calórica é considerável! As pessoas se divertem e queimam calorias ao mesmo tempo. As pernas e os glúteos são muito trabalhados durante os movimentos, e os resultados são visíveis em pouco tempo." - revela Anderson Lima, professor e dançarino de hip hop.
Para os que se preocupam com a fato da dança possuir movimentos um tanto quanto difíceis, o professor tranquiliza:
- A aula não é para ensinar o aluno a dançar hip hop. Então, os movimentos mais complicados não são usados. Nosso objetivo, repito, é queimar calorias.
As músicas mais tocados nas aulas são de Beyoncé, 50 cent, Rihanna e Justin Timberlake, todos muito divulgados no Brasil e no mundo.
- As aulas atendem a todos os públicos, todas as idades e sexos. Tenho alunas de 50 anos e de 15. Não há preconceito para a dança, nem para quem quer buscar uma vida saudável através da atividade física. É só adaptar para suas necessidades, e eu tento fazer isso com cada aluno, afirma o professor.
Então, se você é fã de dança, e gostou da idéia de queimar calorias fugindo das atividades físicas tradicionais, assista ao clipe no link. Existem muitas academias pelo país que oferecem essa atividade. É procurar uma perto da sua casa, e começar!

domingo, 7 de outubro de 2007

Dança de salão na terceira idade


Professor Marcelo e D. Helena em ação

Por Renata Görgen

http://br.youtube.com/watch?v=bibtqDxXv1o

Associar a necessidade do exercício físico ao prazer de dançar vem sendo um caminho adotado pelos idosos para manter em dia a saúde. Ao aderirem à dança de salão, eles fogem da mesmice e exercitam não só o corpo, como a mente. Os bailes promovidos pelas academias são aguardados com ansiedade, e na falta de um acompanhante, até contrata-se um dançarino.


Alunas da Master Class (Ginga Carioca Companhia de Dança)
Foi justamente através da irmã portadora da doença de Alzheimer, que Nilza Tavares Homem, de 81 anos, conheceu a dança de salão . Segundo Nilza: "sua irmã sentiu-se muito bem nas aulas de dança, porém a evolução da doença impediu-a de continuar..." Há 8 meses freqüenta as aulas duas vezes por semana, na Ginga Carioca Companhia de Dança, no Posto 6. Consciente da importância do exercício físico, ela também caminha uma hora diariamente na praia de Copacabana.
Operação na coluna, nos dois fêmurs e no pé de bailarina. Para os simples mortais seria um atestado de invalidez, mas para Célia Bueno Brandão, 73 anos de idade, foi um empurrão a mais para a prática da dança de salão. Após as cirurgias fez três anos de fisioterapia e pilates, e achou muito chato. ”, conta.
Célia, que sempre gostou de dançar – "parecia que tinha um foguete nos pés" –, tem mais um motivo para freqüentar a academia. "Estou sempre com os jovens e, para mim, isso é a melhor coisa do mundo"
Helena Piza, 77 anos, procurou uma academia para se recuperar de uma cirurgia na coluna. Inicialmente fazia hidroterapia, mas mudou para a dança de salão. "Porque é mais divertido e não sinto dores no nervo ciático."

O professor
Marcelo Melo, 28 anos, é professor de dança de salão da Ginga Carioca Companhia de Dança há um ano e dois meses e enfatiza a Master Class (para alunos da terceira idade) como principal turma das academias. É master porque a experiência absorvida com a turma é singular, não se aprende em faculdade nenhuma. Por isso Marcelo tenta criar uma integração entre os jovens e a Master Class, afinal, "Não importa a idade. Nós nos tornamos fortes com a experiência de vida deles."A indicação da atividade física pelos médicos, e conseqüentemente a dança de salão está incluída entre as opções dos idosos por ser prazeroso, dá credibilidade ao trabalho sério realizado por Marcelo. Buscando realizar um trabalho voltado à terceira idade, as aulas de dança de salão da Ginga Carioca trabalham a memória, a partir das coreografias e de questões que o professor traz para estimular as alunas. Além disso, Marcelo estimula passeios culturais como teatro e cinema.
As aulas começam com bolero, valsa ou swing, ideais para o aquecimento, finalizando com ritmos mais acelerados como o samba e o forró, preferidos da turma."Na idade delas é necessária uma atenção maior. O profissional tem que entender as limitações das alunas, respeitando a individualidade delas. Caso haja um descuido, podem acontecer até fraturas, por isso a aula tem que ser light", ressalta Marcelo.
Efeitos da atividade física em idosos
A prática da atividade física é recomendada para manter e/ou melhorar a densidade mineral óssea e prevenir a perda de massa óssea. A atividade física regular exerce efeito positivo na preservação da massa óssea. Além disso, melhora a força e a flexibilidade articular, o controle da glicemia, do perfil lipídico, da função pulmonar, da pressão arterial e do perfil lipídico, ajuda na redução do peso corporal, melhora o equilíbrio e a marcha e reduz a dependência para realização de atividades diárias. Essas benefícios levam, ainda, a aumento da auto-estima e da autoconfiança, e, conseqüentemente, a significativa melhora da qualidade de vida.
A treinabilidade do idoso (a capacidade de adaptação fisiológica ao exercício) não difere daquelas de indivíduos mais jovens. A atividade física regular diminui a incidência de quedas, o risco de fraturas e a mortalidade em portadores de doença de Parkinson. A atividade física tem sido preconizada, também, para outras doenças neurológicas como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.

Ginga Carioca Cia de Dança
Rua Djalma Ulrich, 154/ 2º andar
Copacabana - Rio de Janeiro
Telefone: 21-3507-9309
www.gingacarioca.com.br

Fonte: Publicação com o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos.