segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Aluna da UniverCidade vai para Dance Theatre of Harlem School
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Samba de gafieira, ritmo procurado por pessoas de várias idades
Um ritmo genuinamente carioca vem atraindo jovens, crianças e idosos, de várias classes sociais, do Brasil e do exterior. Ao procurarem o samba de gafieira, uma dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o Lundu e o Batuque, as pessoas buscam mesclar swing e malandragem, com divertimento, distração, relax e o encontro com novas amizades. “Os alunos querem dançar o samba a dois”, explica a professora Sirley Oliveira, da Estação das Danças, em Botafogo.
De acordo com Sirley, em seis meses é possível aprender os passos básicos do samba de gafieira e “arrasar no salão”. Procurada por estrangeiros, interessados no ritmo e em levar a dança para fora do país, Sirley explica que esta é uma forma de ampliar o conhecimento que os turistas têm sobre o Brasil. “O samba de gafieira é diferente do samba de carnaval, como é chamado de samba de solo, em que o dançarino dança sozinho. Quando se fala lá fora do samba de gafieira, ninguém sabe o que é. As pessoas conhecem o samba no pé, o carnaval, as mulatas. Imaginam que o samba se resume a isso”, observa.
Essa necessidade demais divulgação do samba de gafieira vem fazendo com que a Estação das Danças ofereça bolsas de estudos àqueles “realmente interessados” em aprender o ritmo. “A única exigência da escola é que essas pessoas têm que se comprometer em vir ajudar os professores dois ou três dias na semana para dançar com os alunos que não têm par”, explica a professora.
Para o aluno Bruno Vasconcelos, professor de informática, há pouco tempo na academia, a dança foi um achado. “Estou nesta escola há cerca de um mês e a dança já me faz bem. Gosto também da harmonia entre as pessoas, da amizade”. Já a aluna bolsista Janaína Ribeiro da Silva, professora de samba no pé, está nesta escola porque pretende aprender novos ritmos de dança para por em prática em um projeto do qual faz parte. “Os alunos começam aprender o samba no pé e depois querem aprender outros tipos de dança. Com a dança de salão, conquistam novas amizades, aprendem a perder a inibição, procuram estar bem física e mentalmente”.
A coreografia do samba de gafieira é acompanhado de músicas em compasso binário e ritmos sincopados. A dança nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. O ritmo foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como Polca, Maxixe, Lundu e Xote.
Para mais informações sobre samba de gafieira, visite o site: http://www.estacaodadanca.com.br/
Rua São Clemente, 155 2º - Botafogo 2286.0065
Site:http://www.williansribeiro.cjb.net/
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
DA IRLANDA PARA O MUNDO
Por: Renata Görgen
Assista o vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=9bQnF4QVruw
O grande sucesso mundial do espetáculo Riverdance, o mais recente da companhia Lord Of the Dance colocou a dança Irlandesa no cenário internacional. Escolas de dança na Irlanda hoje estão cheias de estudantes querendo imitar e aprender os estilos de dança de Jean Butler e Michael Flatley que alcançaram sucesso internacional, cabe salientar que tais performances apresentam somente uma das formas da dança Irlandesa. Atualmente existem várias oportunidades de assistir e apreciar a dança Irlandesa. No Brasil, como no restante do mundo, vêm crescendo o interesse pelo Sapateado.
O sapateado se destaca nos Estados Unidos por ter sido criado no país. Não há índices de popularidade tão relevantes em outros países. Em Londres, há um interesse grande pelo sapateado, mas a maioria de seus professores são importados da América do Norte. Além dos EUA, o único outro país que tem o sapateado como cultura nativa é a Irlanda. Têm grupos até muito populares como o Lord of the Dance, que em seus espetáculos misturam sapateado irlandês, música e danças celtas.
Anteriormente, o estilo do Sapateado Irlandês dava ênfase a uma forma fechada, pernas mantidas próximas, sem chutes largos com pequenas voltas ou sem voltas, e obviamente sem deslocamento. O “Irish Jig” (Gingado Irlandês) exigia, então, de seus bailarinos um rápido e complexo trabalho dos pés, com os braços próximos ao tronco. Este estilo preferido para competições de Step-Dancing mudou em meados dos anos 50 e 60, quando foram acrescentados os “traveling steps”, circular “lead-in’s”, “sevens-and-threes”, imprimindo característica de um estilo moderno de step-dance.
Hoje existem muitas organizações promovendo a dança Irlandesa, parte importante da cultura rural dos Irlandeses. Crianças, adolescentes e adultos competem em eventos de dança que podem ser entre grupos ou individuais.
Bianca Tessa, 24 anos, professora de sapateado há três anos, acredita que "o Brasil vem se desenvolvendo cada vez mais no sapateado , importamos e exportamos profissionais quase que como um intercâmbio! Várias vezes ao ano acontecem encontros sobre sapateado com workshops(pequenos cursos de um ou dois dias) com renomados sapateadores americanos". Hoje em dia há várias companhias de sapateado como a Orquestra Brasileira de Sapateado, que irá estrear espetáculo no primeiro semestre; Cia Claquetes (Cintia Martin), Cia Steven Harper ( Steven Harper) dentre outros profissionais.
História do Sapateado
Muito se fala sobre a história do sapateado, mas sua origem é o fato que causa alguns desencontros, justamente por parecer ter originado de vários lugares. A hipótese mais provável nos leva ao século V na Irlanda, onde os camponeses que usavam sapatos com solado de madeira para aquecer os pés, começaram a brincar com os sons que esse sapato fazia. Criavam diversos ritmos, originando uma dança conhecida como Irish Jig.
Já na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, os operários usavam sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Nos intervalos de trabalho, os operários ingleses se divertiam com os sons produzidos por aquele sapato, criando uma nova dança chamada Lancashire Clog. Mais tarde os tamancos de madeira foram substituídos por medas de cobre presas a sapatos de couro.
Outra influência também muito forte, veio das danças africanas, que eram feitas pelos escravos em suas poucas horas de lazer. Alguns senhores feudais admiravam essas danças que uniam o trabalho dos pés descalços a movimentos do corpo, e usavam seus escravos para seu próprio entretenimento.
Entre os anos de 1909 e 1920, vários estilos musicais e de dança foram criados nos EUA como o “FOX TROT” e o “TUKEY TROT”, por exemplo. E com a chegada dos africanos e europeus na América do Norte, essa fusão de informações se uniu ao estilo musical americano que estava em alta, então começaram a surgir os sapatos com chapinhas de metal nas solas.
O Sapateado Americano se consolidou realmente no início da década de 20, quando foi criado o espetáculo “Shuffle Along”, onde 16 bailarinas executavam a mesma coreografia dando origem ao chamado “chorus line” e revolucionando os palcos da Broadway.
Desde então, até meados dos anos 40 o sapateado ploriferou como uma febre nos Estados Unidos, espetáculos de Vaudeville, musicais da Broadway, casas de shows, clubes de jazz, em fim, estava por toda parte, até nas ruas e esquinas de New Orleans ou do Harlem. O sapateado conquistou até mesmo as telas do cinema, dando origem a era dos grandes musicais e tendo como protagonistas os grandes mestres: Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Ann Muller, entre outros, a partir de 1933.
O Sapateado no Brasil
"O Sapateado Americano descende de várias culturas e estilos musicais. No caso do Brasil, pode-se dizer que ele sofre influências da nossa música por ser muito rica. Somos um povo com a criatividade à flor da pele e conseguimos compor ritmos unindo duas culturas completamente diferentes e muito fortes em cada contexto.
Sabemos também respeitar sua origem. Da mesma forma que, com tantas influências, conseguiu se incorporar à música jazz tornado-se tão genuinamente americano quanto; podemos sapatear nosso samba como se essa arte tivesse nascido aqui, com todo o respeito", afirma Gisella Martins, praticante e professora de sapateado.
GRANDES NOMES
Bill "Bojangles" Robinson (1878 - 1947)
Bojangles foi o marco na história do sapateado, foi o primeiro a "levantar" o sapateado na meia ponta, ou com os calcanhares fora do chão . Antes dele, só se sapateava com os pés inteiros no chão, revolucionando essa dança a partir de 1910 até os anos 40. Ele dançou um número com escadas que ficou sendo sua marca registrada. Ele foi o primeiro negro a conseguir um papel principal na Broadway. Em 1932 fez sua entrada no cinema com Shirley Temple de apenas 6 anos de idade. Ele trouxe leveza, clareza de sons e ritmos ainda desconhecidos. Tudo isso contribuiu para que o dia 25 de maio , data de seu aniversário, fosse comemorado o Dia Internacional do Sapateado; data oficializada pelo Congresso americano para que assim " Bojangles" fosse uma referência para todos os sapateadores.
Sapateador genial, conseguiu trazer muitos elementos da dança e tinha um porte inconfundível e muita técnica de sapateado. Com seu perfeccionismo trouxe muita contribuição para Hollywood. Nos números de dança ele exigia que se filmasse o corpo inteiro para que eles fossem muito melhor apreciados. Suas coreografias jamais eram repetidas em um mesmo filme, por isso vemos Fred dançando no teto de um quarto, com baquetas de bateria, com um cabideiro, com bengala... e sempre inconfundível pela sua elegância e porte de gentleman.
Fique conhecendo melhor Fred Astaire e seu sapateado nos filmes :
* O Picolino ( 1935) - com Fred Artaire e Ginger Rogers
* Desfile de Páscoa ( 1948) - com Fred Astaire e Ann Miller
* Nasci para Bailar (1950) - com Fred Astaire
* Núpcias Reais ( 1951) - com Fred Astaire
Gene Kelly (1912-1996)
Eugene Curran Kelly, com nome artístico de Gene kelly participou ativamente da história cinematográfica mundial como sapateador e dançarino em mais de 50 filmes. Além disso foi também coreógrafo, produtor, diretor e co-diretor de outros diversos outros filmes.
Fez personagens e cenas inesquecíveis. Atuou e sapateou de todas as formas: com lata nos pés, de patins, com jornal, com sua própria imagem refletida , de marinheiro, na chuva, sozinho e acompanhado de grandes nomes do cinema mundias e do tapdancing. Todas são grandes cenas para os amantes dessa arte tão envolvente do sapateado!
Confira mais de Gene Kelly nos filmes disponíveis nas melhores locadoras:
* Um Dia em Nova Iorque ( On the Town ) 1949 - Com Gene Kelly , Ann Miller e Vera Ellen
* Marujos do Amor - 1945 - Com Gene Kelly
* Sinfonia de Paris ( An American in Paris ) - 1951 -com Gene Kelly
* Adorável Pecadora 1960 - com Gene Kelly
* Cantando na Chuva ( Singing In The Rain ) - 1952 - com GeneKelly Donald O`Connor
Eleanor Powell (1912-1982)
Sem dúvida foi a melhor e maior sapateadora dos anos 30. Tinha muita beleza e talento, somado a sua técnica de sapateado e de giros. Foi estrela de filmes ao lado de outros grandes nomes do sapateado e com performances solo.
Era uma sapateadora clássica, bailarina, atriz e se tornou muito conhecida pela sua precisão, ritmo, exuberância , elegância e graça.
Não deixe de conferir o trabalho de Eleonor Powell nos filmes :
* Born to Dance (Nasci para Bailar)1936 - MGM
* Broadway Melody of 1940 ( Melodia da Broadway de 1940) - 1940 - MGM -Eleonor Powell, Fred Astaire e George Murphy
Fontes: Site "História dos ritmos"
DANÇA EM CIMA DO TRAMPOLIM
A febre do Jump Fit nas academias
Por: Taína Monteiro
A dança possui diversas formas. Contemporânea, balé, sapateado e dança do ventre são algumas delas.
No mundo moderno, as mulheres, pela falta de tempo (e de paciência), buscam agregar saúde, estética e diversão numa mesma atividade. E isso se tornou possível com o Jump Fit.
Em cima de um minitrampolim, os alunos, ao som de uma música sempre muito agitada, dançam coreografias em que pulam, divertem-se e ainda queimam calorias. “A aula é dinâmica, mistura coreografias, movimentos de corrida, saltos, em que o suor é inevitável, e todo mundo adora”, conta a professora Petty Gonçalves, da Petty Academia.
A diversão e a adrenalina são os predicados dessa dança tão radical “os alunos cantam, dançam, dão risadas, e se mexem o tempo todo”. “As aulas são pré-coreografadas e as rotinas coreográficas são extremamente fáceis e divertidas, garantindo a intensidade das aulas e a participação dos alunos”.
O médico Antônio Rodrigues explica que a atividade é de baixo risco para a saúde: “A superfície elástica do trampolim absorve todo o impacto dos saltos”. Mas ele ressalta a importância de exames médicos antes de iniciar no trampolim “é importante passar antes por essas avaliações, para fazer a aula sem riscos e com mais segurança”.
O Jump fit proporciona maior resistência cardiovascular por aumentar o bombeamento sanguíneo durante os exercícios, melhorando a circulação e, até mesmo, prevenindo aparecimento de varizes. "O coração trabalha com mais eficiência", explica o doutor Antônio Rodrigues. Além de tudo isso, ainda ajuda a combater o estresse, pois libera endorfina, o hormônio da felicidade.
No aspecto da estética, as aulas atacam as celulites, tão temidas pelas mulheres, pois drenam a linfa, líquido que concentra as toxinas. Também auxiliam no enrijecimento de pernas e bumbum, além de a perda calórica ser de dez calorias por minuto!!!!
Para desenvolver a atividade na academia é preciso que o local seja licenciado e os professores treinados e aprovados nas avaliações. A academia paga uma taxa mensal para obter o programa, que é composto de CD, apostila, fita de vídeo, entre outros.
HISTÓRIA DO JUMP FIT
O ancestral do Jump brasileiro é o conhecido trampolim acrobático, cujos primeiros registros técnicos foram feitos em 1911. Em 1938, foi criado um protótipo de menor tamanho, denominado mini-trampolim, com o propósito de popularizar a atividade e torná-la viável para todos. Em 1975, esta atividade passou a ser divulgada e praticada nos EUA, nas Filipinas e em Hong-Kong, e desde então muitos estudos passaram a ser realizados.
Alguns cientistas da NASA descobriram que após 14 dias no espaço, os astronautas apresentam uma significativa perda de massa óssea e muscular, em função das condições gravitacionais diferenciadas. O trampolim elástico é a atividade que mais se assemelha a estas condições especiais de gravidade em função da movimentação vertical e, após algumas pesquisas, constatou-se que esta atividade seria a mais indicada como prevenção e terapia para estes indivíduos.
Outras entidades se interessaram pelo assunto e passaram a conduzir e patrocinar várias investigações científicas, que unanimemente comprovaram a eficiência do trampolim elástico como meio de condicionamento físico.
Fonte: Academia Movimento
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
A DANÇA DO VENTRE E A SAÚDE DA MULHER
Por:Leonel Martins
Surgida da cultura oriental e considerada umas das mais antigas do mundo, a dança do ventre tem um papel importante na saúde da mulher. Ajuda a regular os hormônios do aparelho reprodutor e a fortalecer o períneo, promove a irrigação sangüínea no útero, é benéfica para o parto, podendo aumentar também a fertilidade. Além disso, regulariza o intestino, previne os problemas abdominais, alivia as cólicas e aumenta a auto-estima. Quem afirma é a professora Elka Rodrigues, da academia Estúdio de Dança Paulo Araújo, em Ipanema, há vinte anos dançando e ensinando a dança do ventre.
A dança interessa a todas as gerações. “Tenho alunas dos quatorze aos setenta anos, só que as mais velhas, normalmente, vêm por recomendação médica, por causa da artrose, flacidez do períneo (músculos que seguram os órgãos internos da mulher), por causa do parto, e os médicos indicam para fortalecer essa região pélvica da mulher”, explica Elka Rodrigues.
Sensualidade
Segundo ela, as mulheres mais novas vêm com idéia de sedução, mas quando conhecem a dança, descobrem que não se trata só de algo sensual. Foi o que aconteceu com a promotora de eventos Rita Agra, aluna da academia há três anos “Entrei para esta dança por causa da parte sensual, de que eu sempre gostei muito. Quando eu assistia a filmes de dança, ficava me imaginando ali. Eu não tive incentivo de ninguém para aprender a dançar”, conta Rita, que gosta também da música árabe. “Desde que comecei a praticar a dança, senti uma melhora na parte corporal e emocional, e nunca tive mais dificuldades em relação à saúde. A dança me ajudou no alongamento, postura e até mesmo nas dores de coluna, cólicas e no ciclo menstrual, que ficou bem regulado”.
Elka explica que os movimentos da dança trabalham o equilíbrio hormonal também no caso das mulheres que têm menopausa precoce e voltam a menstruar em menos de um ano. Além disso, é uma dança que queima bastante calorias. Em uma aula bem forte, pode-se queimar de 700 a 800 calorias. “Falo tudo isso baseada em pesquisas médicas, fisoterapêuticas, e de professores de educação física”, afirma Elka.
Novela O clone
A professora lembra que a dança do ventre ficou em destaque no Brasil com a telenovela O clone, da Rede Globo, da qual participou como responsável pelos atores que praticavam a dança. “Depois da novela, vi que as pessoas começaram a associar a dança mais a aspectos culturais. E aquelas que sabem já não têm vergonha de mostrar, pois até os médicos recomendam”, observa.
Acessórios
Em relação aos acessórios, para fazer a dança do ventre, a princípio, não é necessário nada a não ser o véu, mais, com o tempo, as bailarinas vão adquirido espadas, bastões de dança, os nunjes (pratinhos que fazem o barulho da música), taças nas quais são colocadas velas acesas e outros ornamentos que variam, dependendo da região onde a dança se realiza – são cerca de vinte países de língua e influência árabes e cada país tem um jeito de dançar.
Também em relação à música, cada país árabe tem seu ritmo. No Irã e no Iraque, dança-se o ralije. No Egito, o said, enquanto no Marrocos tem as danças berbes.
História e Origem
A dança do ventre desenvolveu-se entre os primeiros povos a habitarem a Ásia menor, inicialmente como dança religiosa, sob o matriarcado como forma de representação e adoração à deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra, e, posteriormente, como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres.Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir, por meio de movimentos variados, os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), animais sagrados como a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra), cataclismos como terremotos, maremotos além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida. Dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que, ao serem chacoalhadas, emitiam um determinado som para cada movimento. Desde então, o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só ele tem a capacidade de materializar a música árabe.
Ao longo do tempo, pelo processo de mistura entre culturas, causado pelas constantes guerras, invasões ou simplesmente pelas visitas freqüentes de povos nômades, a arte da dança oriental foi divulgada e assimilada por todo o oriente antigo.
http://elcarodrigues.multiply.com/journal/item/1
site da academia :www.estudiopauloaraujo.com.Br
Endereço:Rua Teixeira de Melo, 87-3°Piso
Fone:2525-8473/3217-1011
A DANÇA QUE MUDA A VIDA - SOLIDARIEDADE LEVA A DANÇA PARA A COMUNIDADE
O Studio ValorArte é dirigido por Fabiana Valor (atriz, bailarina e jurada do Prêmio Shell de Teatro), uma veterana da dança, que atua no mercado há 23 anos, e há muito tempo já cogitava a hipótese de participar de um trabalho voluntário. Está há 2 anos trabalhando no Solar, e seu Studio está presente há 2 meses no projeto.
A DANÇA MUDA A VIDA
O Studio ValorArte oferece aulas de balé e sapateado, com duas turmas de 15 alunos cada. Todas as aulas são realizadas no próprio morro Pavão Pavãozinho, e a violência já mostrou sua face em alguns momentos durante as aulas:
- Começou um tiroteio muito forte pouco antes o início da aula. A professora colocou todos os alunos para dentro da sala. Muitos choravam, estavam com medo, alguns desesperados. A idéia dela foi dar aula normalmente, e deixou livres aqueles que estivessem muito nervosos a não fazerem aula. E eles fizeram, todos. Parecia cena de cinema: barulho de tiros e helicóptero sobrevoando do lado de fora, e dentro as crianças dançando lindamente, ao som de música clássica. Foi algo marcante e que, com certeza, ajudou aquelas crianças naquele momento tão ruim. – conta Fabiana
As crianças vêem na dança uma forma de fugir da realidade em que vivem, uma maneira de sonhar que podem viver uma vida diferente. E Fabiana provou que podem:
- Infelizmente a realidade deles é aquela, de violência, mas a gente está tentando tira-los de lá, afastá-los daquele mundo tão cruel. Uma menina que freqüenta as aulas de dança lá no morro, agora também freqüenta as aulas aqui no Studio. Nós percebemos o potencial dela, o talento, e as grandes chances de crescimento que ela tem na dança, e decidimos investir, oferecendo uma bolsa para ela aqui no Studio.
Fabiana destaca a diferença entre os alunos que pagam pelas aulas no Studio, e os alunos do projeto Solar Meninos de Luz “aqui as crianças vem porque a mãe quer muito, às vezes é mais uma realização da mãe do que da criança. Lá no morro é diferente, as crianças amam muito estar ali, amam a oportunidade que está sendo oferecida. Eles possuem uma garra, uma dedicação, fora do comum”.
A dança vem transformando a vida dessas crianças do morro Pavão Pavãozinho, revelando uma vida de sonhos possíveis, e sem violência. Mas não é só a vida dessas crianças que muda “toda vez que eu vou lá eu me emociono, parece que é um ganho, uma vitória a cada dia”.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SOLAR MENINOS DE LUZ
O projeto nasceu a partir de uma desgraça, ocorrida em em 1983, com a queda de uma caixa d’água sobre barracos do morro.
Dirigentes do Lar Paulo de Tarso (Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social) subiram o morro para auxiliar as vítimas e os desabrigados. Muitos voluntários começaram a aparecer no morro, querendo ajudar, prestar serviços, e até recreação para as crianças. Aos poucos, o trabalho foi crescendo e o número de pessoas atendidas também.
Várias estruturas foram criadas como ambulatório, creche, salas de aula e muitas outras atividades, todas gratuitas, para a comunidade do morro.
O Solar Meninos de Luz começou atendendo 35 crianças, e hoje ajuda mais de 400, além de possuir cerca de 100 empregados e 60 voluntários. O projeto já atendeu cerca 3 mil pessoas.
Remontagem da coreografia "45 Movimentos", de Graciela Figueroa
Um Teatro Municipal lotado aplaudiu os bailarinos da Companhia de Dança da Cidade, que se apresentaram no Festival Panorama de Dança 2007. Sete peças que marcaram a história da coreografia brasileira foram interpretadas por 14 bailarinos da UniverCidade durante o festival internacional, que em sua 16a. edição, promoveu espetáculos nos mais importantes palcos do Rio de Janeiro.“É uma grande experiência para a Companhia apresentar o programa “Danças de Repertório” para um público tão diversificado”, comemorou Roberto Pereira, diretor artístico da Companhia de Dança da Cidade e coordenador do curso de Dança da UniverCidade.